Refén escreve frase para os policias
Vagner Moura no filme Tropa de Elite
No dia 12 de 2000, Um Homem (Sandro Dias) foi flagrado pela polícia do Rio de Janeiro, tentando assaltar um ônibus. Ele fez 11 reféns, e o Batalhão de Operação Especial (Bope) foi chamado, assim inicia o documentá ônibus 174.
No documentário do Ônibus 174 dirigido por Jóse Padilha, narra a história do seqüestro do Ônibus intercalando com imagens que a televisão fez da ocorrência policial. A narrativa revela como um menino de rua carioca virou bandido.
O filme Tropa de Elite inicialmente era pra ser um documentário, derivado do Ônibus 174, tendo o BOPE como tema principal. Mesmo sendo um filme de ação, não fica a desejar com suas imagens, é o espelho do que acontece atualmente com a polícia, e com os jovens que consumem drogas, financiando o crime em nosso país. "Matando vidas para enrolar um baseado", como é dito no filme.
A popularidade do filme Tropa de Elite, é muito grande, 2 meses antes de ser lançado já estava com cerca de 11 milhões de cópias vendidas pelos camelos, agora basta esperar pra ver como a população vai reagir após o impacto que a mensagem do filme transmite.
Esta claro que a polícia convencional precisa de melhores treinamentos, bons equipamentos, ordem e disciplina.
“Hoje no Rio de Janeiro, a pessoa que entra para a Policia Militar (PM) é uma pessoa que se encontra desempregada a mais de um ano e meio, não teve outra opção na vida, é um emprego. Mal armado, com um treinamento ruim, não tem auto estima é um policial que não sabe bem para que é formado, ele acredita que sua missão principal seja prender marginal e matar marginal. A diferença do Bope para o policial convencional, é justamente a vocação, Quando ele recebe um treinamento na parte de combate nas favelas, resgate de reféns, negociação de conflitos, é um policial selecionado psicologicamente e fisicamente a cerca desta unidade ", este depoimento se encontra no documentário Ônibus 174.
Os dois filmes mostram a trágica historia das crianças que sofrem com a desigualdade. É preciso nos movimentar pra ajudar “os pequeno fogueteiros” dar oportunidade para as crianças de rua, para não se tornarem um” Sandro Dias “.Como diz o ditado, cortar o mal pela raiz.
A sociedade que grita por segurança e justiça é a mesma que ignora os problemas sócias, tornando quem precisa de ajuda invisível. Ninguém quer enxergar esses meninos conhecidos como "marginais".
É mais fácil deixar a sociedade como está e os incompatíveis que sejam removidos.
Através do jornalismo a realidade chega até os olhos de quem quer ver. O filme e o documentário investigativo, mostram o que a comunicação de massa pode fazer por todos nós.
Ônibus 174 foi marcado pela desastrosa ação da polícia convencional e do BOPE, "que acabou matando por engano uma refén, Geísa" Ao errar um tiro e Sandro Dias foi asfixiado na viatura do BOPE antes de chegar ao hospital. Os policias foram absolvidos do processo.
Fazia três meses que a polícia não recebia treinamento, era bem claro que aconteceria algum erro grave; eles tinham que se comunicar através de sinais por falta de equipamentos, de acordo com o documentário Ônibus 174. Já no filme de ação de José Padilha, mostra o BOPE como uma tropa de elite. Sem treinamento, nenhum grupo policial é uma tropa de elite, espero que o BOPE continue crescendo, e pra isso, receba o treinamento necessário.
A safra do cinema brasileiro lança novo olhar sobre os excluídos sociais. Busca história, sentimento de quem habita ou transita em favelas e grandes periferias urbanas. Até a TV, povoada quase que só por personagens brancos, e ricos resolveu prestar atenção aos excluídos sociais.
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